MS terá desafio de melhorar logística com aumento na produção de milho

Mato Grosso do Sul terá o desafio de melhorar a logística para conseguir escoar a produção e aumentar o nível de processamento de milho no Estado. Isso, porque a previsão é de que a área destinada ao milho 2ª safra 2022/2023 seja de 2,32 milhões de hectares, 5,4% maior que o ciclo passado, conforme dados do projeto Siga/MS.

Além disso, a produtividade estimada é de 80,33 sacas por hectare, com produção de 11,2 milhões de toneladas. A safra atual terá custo 27% superior ao do ano passado.

Segundo o secretário de Estado, Meio Ambiente, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, a estratégia que foi colocada neste ano é a de aumentar o nível de processamento do produto dentro do Estado.

“Nos últimos anos nós temos trabalhado fortemente para que isso aconteça com a expansão da avicultura, com o crescimento muito forte da suinocultura com os incentivos diretos e também na produção de etanol”, salienta. Verruck lembra ainda que, pela primeira vez, o principal produto exportado por Mato Grosso do Sul, em janeiro, foi o cereal.

“Nós passamos vários anos buscando atrair a indústria de etanol de milho para o MS. E hoje nós já temos uma indústria instalada, a Inpasa em Dourados e em Maracaju nós vamos inaugurar até o final de 2023 a Neomille”, completa. Em relação ao aumento do custo da safra, o secretário vê como preocupante. “Isso é preocupante porque obviamente a margem de lucro não será a mesma. Então, nós temos que olhar muito a margem do produtor na produção do milho e por outro lado temos o desafio logístico. Nós vamos entrar numa supersafra de soja no Brasil. Então teremos uma elevação de frete”, finaliza.